domingo, 25 de dezembro de 2011

Traição, Exclusividade, Relacionamento... Concepções Construídas?

Assisti um entrevista da Sexóloga Regina Navarro Lins no programa Roda Viva (29/08/211)
No qual ela entra numa questão muito interessante, que vale a pena ser discutida aqui.
Existe traição?
Será que o relacionamento, como conhecemos atualmente, é algo bom ou apenas mais um construção social que ao longo do tempo será desconstruída dando espaço para o surgimento de outros comportamentos?
Estou entrando nesse debate a partir da premissa de que, geralmente, no BDSM já esta havendo essa desconstrução da propriedade, da posse do ser humano.
O maior erro que podemos cometer, na minha opinião, é ao entrarmos em um relacionamento a dois passarmos a considerar o outro como nossa propriedade. Será que somos propriedade do outro? ou temos autonomia para decidir o que fazer?
Outro ponto bastante interessante é a questão da traição. Será que ela realmente existe ou é mais uma das construções de uma sociedade machista? Porque a traição masculina é sempre relevante, mas a feminina é condenável? Se houver a desapropriação do parceiro a traição será algo grave que nos afete? Será que se nós não consideramos o nosso parceiro como algo exclusivo acreditaremos que exista traição?
Essas são questões que devem ser consideradas, partindo da premissa de que a sociedade está passando por um processo de mudança de costumes.
Mesmo sendo a traição algo moral, o qual nos impede de nos relacionarmos com outros por questões de exclusividade e pertencimento do outro, não podemos desconsiderar um ponto importante, que são as DST's, porque esse impedimento é algo material.
Mas fora essa questão material da DST, está mais do que na hora de ser pensado na libertação do outro e de nós mesmo. Porque atualmente os relacionamentos são baseados nas questões de que temos que encontrar a pessoa perfeita, que irá nos completar e que seremos felizes para sempre, mas sabemos que dadas as circunstâncias humanas isso não é possível, porque não somos perfeitos. E é por conta dessa idealização do casal perfeito que nos frustramos e chegamos a conclusão de que aquele relacionamento não deu certo e partimos para outro onde faremos a repetição dos mesmos conceitos. 
Bem, essa é uma questão amplamente discutível e que eu gostaria REALMENTE de que os que leem ou acompanham o meu blog comentassem e participasse dessa discussão.

Deixarei aqui o link para que possam também assistir a entrevista, vale a pena ver

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Especialmente para @s Baunilhas

Minhas amigas sempre me pedem algumas dicas e então resolvi postar alguma coisa relacionada. Claro que não vou citar nenhum nome aqui (ou será que vou?)

Algumas amigas me perguntam como eu faço pra que meu relacionamento não caia na rotina, sendo eu praticante/adepta/amante do BDSM
Primeiramente, é completamente IMPOSSÍVEL um relacionamento não cair na rotina. Se ele não cai na rotina como vamos saber que temos que dar aquela apimentada?
 Então amos a umas dicas básicas da minha experiência como mulher (kkk)

1- Se sinta confortável : Não adianta querer impressionar seu parceiro com roupa de látex, coleira, correntes, algemas e etc. se você não se sente a vontade com isso. Se você tem vergonha, então esqueça!
2 - Seja espontânea : Por favor, não me inventem de ficar fazendo caras e bocas alá atriz pornô e nem querer forçar um clima "sexy" só pra impressionar, além de fazer você parecer ridícula, isso é broxante (não concordam rapazes?)!
3 - Se conheça : Entenda que não adianta você montar um clima legal, você e seu parceiro estarem super afim e na hora H você não ficar satisfeita. Primeiramente não culpe seu parceiro. Como ele pode te dar prazer se nem mesmo você sabe onde ou como sente mais prazer? A época de sentir vergonha disso já passou. As mulheres não lutaram tanto pra se emanciparem pra você ficar com vergonha de si mesma né?!

Então, eu acho que isso é o suficiente o resto não sou eu quem deve falar né?!
Então, compre uma roupa bem sexy, um vinho e aposte no seu lado selvagem (kkk) mas sem parecer vulgar!
E aproveite a noite!

Post dedicado as minhas amigas:
Lissandra, Emilly e Sarah

kkkkk eu tinha que citar os nomes... senão qual seria a graça desse post?

Blood Kisses

Voltando a ativa

Bom, ando bem atarefada e não tenho conseguido atualizar o blog. Mas vou tentar postar toda semana alguma coisinha... nem que seja apenas uma linha!

Blood Kisses

quarta-feira, 25 de maio de 2011

BDSM e Violência

Várias pessoas confundem o BDSM com violência. Em nenhum momento o BDSM incita a violência fisica/sexual.
O que acontece no BDSM, como sempre foi dito, é consentido por ambas as partes. A relação D/s é uma relação sadia. Não se deve confundir as praticas com qualquer tipo de violência!
Se você está em uma relação em que existe a prática de violência, onde você se sente coagida (o) e/ou ameaçada(o) DENUNCIE. Violência é Crime!
Toda a comunidade BDSM abomina a prática de violência contra mulheres ou homens!
O sexo e a relação BDSM ou mesmo a relação Baunilha deve ser uma relação e uma prática prazerosa! Deve ser consentida e segura!
Não se deixe enganar com uma falsa prática! Não permita ser violentada(o)! Seu corpo é SEU, não é propriedade de ninguém, portanto não deixe que o tratem como tal.

E se você vivenciar ou conhecer alguém que sofre qualquer tipo de violência DENUNCIE! O crime deve ser combatido! Não vamos deixar que utilizem o BDSM para acobertar a prática da violência!

Consciência eu tenho. E você?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A religião sempre esteve presente na vida de todas as pessoas
Algo bom ou ruim? Isso não sei dizer ao certo. Mas alguns costumes e pensamentos arcaicos poderiam ser mudados.
A igreja na atualidade ainda possui um pensamento arcaico com relação ao sexo e a sexualidade. Muitas coisas mudaram desde o principio do que se diz "Cristianismo". Muitos são os exemplos, como, a proibição do uso de preservativos (no caso para a igreja o sexo tem o intuito único e exclusivo para procriação) que na minha opinião com tudo o que existe hoje, com todas as DSTs e a AIDS deveria ser revista essa questão. Sexo só após o casamento? As pessoas precisam se conhecer antes de decidir casar, dividir uma vida, uma casa e responsabilidades, casar é um passo extremamente grande! As pessoas tem o direito de se conhecer, na intimidade também.
Sexo e BDSM, creio eu, que a igreja abomina essa prática. Sexo, dor, prazer! Pode parecer estranho para muitas pessoas, mas o BDSM esteve presente na vida de vários cristãos. Não acredita? Vou citar um exemplo, na idade média a mulher tinha que ser Submissa ao homem, não poderia trabalhar, não deveria saber ler nem escrever (a não ser que entrasse para a vida religiosa), tinha que ficar em casa cuidando dos filhos, tinha como obrigação cuidar da casa e do marido, caso desobedecesse o marido tinha plenos direitos de puni-la! A mulher era posse do marido, devia-lhe obediência e servidão, não tinha direitos e era vista como ser inferior na sociedade. Submissão, Punição, algo familiar para você?
Hoje, apesar de estarmos no Século XXI, podemos ver certas semelhanças dos Homens Feudais com os Homens cristãos atuais ( obviamente que não são todos, e que não podemos generalizar). Enfim, o homem "atual" ainda acha que a mulher é sua posse, que está em seu domínio e que não passa de um ser inferior, e o mais absurdo, ainda acha que pode puni-la como se ainda estivéssemos em plena Idade das Trevas! E quando Homens e Mulheres se deparam com o BDSM, seu sentimento é de horror, nojo...
O que Há de errado com o BDSM? Nada, a não ser o fato de que "fere princípios" arcaicos de uma religião antiga, que na minha opinião, oprime o ser humano e o priva de muitas coisas prazerosas da vida. As pessoas deixam de conhecer algo, uma pratica, uma musica, uma pessoa, por conta de religiões que forçam pessoas a pensarem no que eles querem, que façam o que eles querem, que comam o que eles querem, que durmam, respirem e vivam da maneira que eles querem. As pessoas tem que se dar a OPORTUNIDADE de conhecer coisas novas sem medo ou preconceito.
Me desculpem se fugi do assunto. Não sou cristã, nem acredito em algum deus. Acredito que sou livre para fazer o que desejo, contanto que não afetem as pessoas ao meu redor de maneira negativa. Quero ter a liberdade de me expressar, de acreditar ou não no que quero, de praticar o que quero, de fazer sexo com quem quero, de ser feliz, de viver sem preconceito, de fazer o bem e principalmente sem precisar de religião ou algum deus para isso. Não acredito em deus ou diabo, acredito em caráter e na falta dele. E acredite isso faz toda a diferença!!!

( se quiserem reclamar do post, é só deixar um comentário)
Obrigada!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Mulher & BDSM

BDSM? distúrbio sexual, doença, algo deplorável na sociedade?

Relações de amor, sexo, bdsm, fetiche, o que é mais importante amor ou satisfação?
Hoje é um pouco difícil encontrar alguém com quem se possa compartilhar muitas coisas das quais gostamos.
E apesar de todos nos batermos no peito e falar que não temos preconceito, no fundo todos nos somos preconceituosos com alguma coisa.
Mas já está mais que na hora de quebrarmos alguns tabus e preconceitos sobre sexo, sexualidade e sobre nos mesmos...
A maioria das mulheres tem medo de mostrar o que realmente são com medo de que o parceiro acabe se sentindo constrangido, ou que não goste. Temos (nos mulheres) que acordar!!!
Não somos objetos, somos seres humanos, sentimos desejos, nos frustramos, amamos, sentimos dor e prazer, alegria e tristeza. Então não se deixe manipular, não se permita ser usada. Use, abuse, seja sexy, seja MULHER!
A mulher tem o homem na palma da mão, independente de ser Dom, Sub ou Baunilha.
Usem roupas sexys (mas não seja vulgar), de prioridade a si mesma. Não sinta vergonha de gostar ou sentir vontade de experimentar. O BDSM é democrático! Conheça, desfrute! Seja uma nova pessoa, priorize seu amor próprio, valorize o que há de melhor em você. BDSM não é apenas Sexo, não é apenas fetiche, no BDSM você se liberta, pode se conhecer, pode descobrir coisas novas! Deixem o preconceito de lado e deixe o BDSM entrar (risos).

Esse texto foi escrito para as mulheres, que não conhecem ou sentem vergonha de si mesmas com relação ao sexo, fetiche e prazer!
Amar e sentir prazer podem caminhar lado a lado, basta querer!
Quem ama respeita!
Sexo e sexualidade não precisam se tornar um bicho de sete cabeças, não precisa se tornar algo que te traga vergonha.
O importante é gostar, amar e ser amada. Independente da sua opção o respeito deve ser o mesmo e deve ser mútuo!
Lady M. Bathory (Mari)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O masoquismo nos últimos cem anos começou a ser visto como perversão. A partir do momento que Freud escreveu sobre o masoquismo como um ato infantil, não desenvolvido e irresponsável, ele passou a ser visto pela comunidade clínica como uma aberração patológica que deveria ser tratada e curada.

  • Auto-flagelo : É o ato de causar dor a si mesmo, agredindo-se fisicamente como uma maneira de castigar-se (motivado pela culpa/remorso de qualquer espécie), para aliviar alguma forma de dor (geralmente causada pela depressão, stress, ou bipolaridade), acredita-se também que na religião católica o auto-flagelo era/é praticado como um meio de purificação após ter-se praticado um ou mais pecados.

A auto-flagelação muitas vezes pode ser confundida com o masoquismo dentro da pratica BDSM, mas (na minha opinião) não deve ser visto desta forma.
O auto-flagelo é uma violação do corpo e não pode ser visto como uma prática sã, já que possui intuito de punição ou castigo de algo banal. Pode-se surgir então a pergunta: Mas dentro do BDSM não há a pratica de "castigo"?
Sim, essa prática existe, mas é tudo são, seguro e saudavel, porque faz parte de uma Cena, é uma fantasia e em momento algum deve ser levada para a realidade ou o dia-a-dia dos envolvidos.

A sociedade deve estar alerta para a prática do que é seguro, não importando se essa prática é convencional ou não, porque , na verdade, no sexo e para o sexo não deve-se existir tabús. O importante e fazer o que gosta e com quem se gosta e que seja São, Seguro e que haja um consenso entre ambas as partes!

Amar é saber respeitar as pessoas que estão ao seu redor!